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Como é ser uma escritora?
      Vamos colocar assim: eu tenho um caderno!
       Eu posso ser e fazer qualquer coisa no meu caderno. Eu posso seguir um padrão ou redesenhar minha vida nas páginas do meu caderno. Eu posso desenhar, riscar, recomeçar e editar qualquer coisa na minha vida como escritora. Então, por que ninguém gostaria de ser uma escritora?
      Como escritora, eu posso fazer montanhas, rios, céus, nuvens, um sol sorridente, um amigo, alguém segurando minha mão e até mesmo alguém que é capaz de fazer um teste para mim e/ou comigo. O caderno é meu confidente, meu amigo, meu companheiro de choro, aquele que limpa minhas lágrimas, aquele que me dá conforto e abrigo regularmente.
      O caderno não está julgando minha feminilidade, meu tempo em me tornar uma mulher, minha vida adulta, minha maternidade ou minha vida. O caderno é meu carrossel, a luz cheia de palavras e pensamentos que eu talvez não consiga dizer em voz alta, mas que estão lá. Eu tenho um caderno!
       O que está escrito em mim é mantido no caderno, agradável ou não, porque a vida continua e o que podemos fazer sobre nossos problemas além de escrevê-los?                     Escrevê-los é como um plano e nos ajuda a pensar em consertar e recomeçar. A única coisa que o caderno pode me pedir é que não seja esquecido em algum lugar da casa. Por favor, mantenha o caderno perto de você e lembre-se de escrever.
      Se você se lembrar do seu primeiro caderno, "com aquele caderno, aprendi muito. Com aquele caderno, aprendi que as experiências de fracasso são tão importantes quanto as dos acertos, porque se você estiver olhando para o caderno da maneira certa, os erros estão te preparando para o futuro. Não há aprendizado na vida sem erro" (O Caderno). O caderno te ensina isso porque se falhar, vire a página!
      O caderno é parecido com a vida. Quando parece que você está falhando demais, lembre-se de virar a página de seu caderno. Lembre-se de que na escola, o professor lhe diria para virar a página, apagar o erro, recomeçar e fazer de novo, e assim você perceberia que errar é normal e pode-se sempre começar de novo. Você pode recomeçar!
      Quando você vira a página, os erros param de incomodar e, a partir desse momento, podemos continuar a escrever e tecer nossa vida do nosso jeito. O caderno não se preocupa com o que nos incomoda. Ele nos ensina que os erros não são culpados, eles podem ser atributos, ajudas, inspirações. A vida é assim. Os erros devem servir como uma forma de aprendizado. Os cadernos não estão nos culpando e nos envergonhando por nossos erros. O caderno só quer que apaguemos tudo e recomecemos. Nenhum ser humano pode conseguir acertar sem aprender com seus próprios erros. Líderes falharam muitas vezes até conseguirem ser líderes.
      Uma coisa é pensar, analisar e se arrepender do que aconteceu, outra coisa é se sentir culpado e paralisado perante a vida. O arrependimento nos ajuda a agir, pode nos mover para frente e nos ajudar a consertar nossos erros. Aja, recomece! Na vida cometemos erros para que aprendamos a acertar do nosso jeito. É por isso que todos nós precisamos de um caderno, todos nós precisamos escrever, apagar, reescrever, recomeçar.
      Se você está se culpando acreditando estar cometendo muitos erros, não se importe. Quem se importa! Aceite que há uma nova página em seu caderno. Um novo dia, novas portas se abrindo e viva o presente. Lembre-se de virar a página e criar sua vida do seu jeito! #WhyMeAndWhyNotMe

Abaixo está um poema para você:
Seja
Sinélia Peixoto


Sinto que há alguém aqui
Eu vejo, está chegando, está perto
Fale, talvez eles falem
Ame, talvez assim eu sinta.

Não sei como agir
Nem sei como reagir
À vida, ao dia, à noite, ao amor
A tudo, e sinto que pareço mais com um pássaro.

Voando, dançando, em um vôo de asa delta, devo estar
No ar ou mergulhando no mar
Sinto que me expressar é o que preciso
Embora o amor seja a primeira semente dessa expressão.

Meus pensamentos, mente, alma, meu corpo
Só sabem de uma coisa
Que não tenho nada a provar a ninguém
Mas preciso ser eu mesma por mim mesma e para mim mesma.

Um poema abaixo:
Mar
Sinélia Peixoto


Eu vejo as nuvens se movendo
Ouço o som das ondas se aproximando
Olho os pássaros voando
Enquanto outros cantam, eu estou vivendo?

Eu sinto o cheiro do ar salgado
Inspiro e expiro sentindo meu cabelo
Sinto o vento frio no meu rosto
Chuva cai por todo lugar

Uma voz dentro de mim dizendo para segurar
E dentro de mim, eu sinto que há dor chegando
Eu posso estar me sentindo estranho
Porque a única coisa que eu quero ver
É quando a paz chegar e aqui ficar.

Chega de Anestesia!

​

Ok, é isso! Estou dizendo em voz alta agora.

Quem foi que colocou as mães encarregadas de levar seus filhos para tirar os sisos? Cansei dessa merda de anestesia!

A primeira vez que passei por isso foi há dois anos com minha filha. Assim que ela entrou no carro, ela começou a me xingar e me chamar de "alguns nomes". "Foi minha culpa", ela continuou dizendo enquanto chutava a porta do carro e eu estava olhando para aquela garota e pensando: "Que diabos? Eu não mereço isso! Quem é essa garota?"

Eu disse a ela para parar, então a deixei chorar, fiquei de boca fechada e continuei dirigindo para casa. Assim que ela chegou em casa, ela tirou um cochilo e não se lembrava do que tinha acontecido (aparentemente). Continuei vivendo minha vida pensando em como "drogas" tornam as pessoas diferentes, não tenho certeza se gostei disso.

Hoje, foi a vez do meu filho. Assim que o vi, pude ver que ele estava conversando com o enfermeiro. Ele entra no carro e começa a conversar. Eu digo para ele ficar quieto porque ele vai ficar inchado. Ele diz: "É por isso que Alice fez aquilo com você. Você disse para ela ficar quieta. Você não pode me dizer para ficar quieto! Eu quero falar!" De novo, eu fiquei tipo: "Quem é esse? Esse não é meu filho bonzinho", mas era ele drogado pela anestesia.

Então, eu me lembrei da primeira vez e fiquei de boca fechada enquanto dirigia para casa. Depois de alguns minutos em que ele ainda estava falando e ninguém respondia, ele disse: "Mãe! Eu te amo tanto!"

Agora, esse é meu filho! Ele estava de volta e eu fiquei feliz. Eu disse a ele que o amava também e perguntei se ele queria sorvete. Ele me pediu para fazer limonada e quando eu assenti, ele disse: "É por isso que eu te amo!"

O quê? Eu ouvi direito? Ele me ama porque eu sei fazer limonada!

Eu não entendi! Anestesia, quem é você? O que você está fazendo com as pessoas?

Almas Gêmeas Existem?

Almas Gêmeas Existem?

Sinélia Peixoto

 

 

Hoje acordei pensando em o que seria uma alma gêmea, sua foto veio a minha mente e me lembrei de Elizabeth Gilbert: “As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você outra camada de você mesmo, e depois vão embora” – a verdade é que almas gêmeas nos doem e vão embora! 

Lembrei-me de minha mãe. Tive uma mãe batalhadora, que não desistia nunca, que sustentava uma casa inteira, que não parava nunca, que nos deu tudo que podíamos ter, fez sempre festas de aniversários, nos levou a lugares, que nos ajudou a crescer, a estudar, a aprender a lutar por nossas vidas. Uma boa mãe! Mas também tive uma mãe ausente, uma mãe que não pensava no que ela queria de verdade, que não se conhecia, não se amava, nem se entendia, uma mãe super religiosa e mente fechada – o que fez com que ela me criasse presa a convicções e a ideias que poderiam não me favorecer no mundo enorme em que vivemos, coisas e a paradigmas que só depois de adultos, poderiam ser quebrados. 

Mas tive mãe! Não foi minha alma gêmea do jeito que eu sonhava e queria, no entanto se eu a visse como alguém que arrebatou meu chão, me mostrou o que era importante de verdade, me machucou, me consertou e falava frases que soavam como um tapa em minha cara. Sim, ela foi minha alma gêmea. E foi minha mãe e fez seu trabalho da melhor forma que podia e sabia. 

Minha segunda alma gêmea foi descoberta há pouco tempo. Enquanto eu revirava minhas memórias pra saber quem sempre estava ali, em todo momento, em todo lugar. Talvez porque minha tia não tenha seus próprios filhos, tenha adotado todos nós; talvez porque ela seja assim carente, tenha sempre suprido nossa fonte de carência; talvez porque ela seja um ser superior e mesmo que tivesse uma família continuaria estando presente em nossas vidas. Talvez. Tantos talvez…

Há anos minha alma gêmea se fez em várias pessoa, a pessoa que passou minha primeira cirurgia comigo, que cuidou das minha varizes, de mim no hospital; a pessoa que me liga uma vez por semana (provavelmente a única que ainda liga, pois em época de mensagens, uma ligação é prova de amor) e a pessoa que recorro a todo momento quando preciso; mas muito quando preciso, pois também tenho limitações e pedir ajuda é uma delas.

Tias e amigas também são almas gêmeas! Tias e amigas também estão ali pra todas nós. Ainda bem que temos amigas e tias em nossa vida. Irmandade é tudo!

Por que será que não a via assim antes? Por que será que sempre pensamos em almas gêmeas como sendo um parceiro amoroso? Por que será que nada se iguala à irmandade entre as mulheres? Ela é tão mais forte e nos ajuda a conseguir tudo, a fazer o que queremos e a ser quem queremos. Hoje eu acordei e vi todas vocês. Por que será que estava cega antes? Por que será que não via?

Minhas almas gêmeas estavam ali, preocupadas comigo, com o que eu estava sendo e fazendo, com meu futuro, minha alma, minha vida e meu prazer. Na verdade, a vida nos deixa sós de uma maneira que manter a irmandade é algo quase impossível nos dias de hoje. Temos que lutar por nossa irmandade, por nossos elos.

Durante mais de 40 anos, me senti afastada daquilo que me causa enorme prazer, tudo pela estabilidade, pela sobrevivência, por dinheiro. Um dia você acorda e vê que aquilo ali “sozinho” não te satisfaz e você quer e precisa de mais. O simples fato de não se aquietar perante a vida já é motivo de guerra: interna e externa. O mundo não quer que continuemos tentando, quer uma vida morna e sem graça; os que se arriscam a querer mais já são considerados guerreiros e vencedores por natureza, pois serão todos contra você.

Conseguir lutar por um sonho, então torna-se uma batalha contra tudo e contra todos. Uns viram as costas, outros se empoderam, uns se levantam, outros temem os lutadores. E, pra dizer a verdade, o sonho é meu; quem tem que lutar e acreditar nele, sou eu. É claro que seria mais fácil com ajuda, mas eu luto sozinha se for preciso, pois me recuso a viver uma vida de fantasma, uma vida onde todos fingem estarem bem; mas no silêncio dos seus quartos, à noite, quando estão sozinhos, caem suas máscaras, caem em suas camas, se desesperam e mostram o seu verdadeiro EU, destruído, pisoteado pelo mundo e abandonado até por si mesmo. 

Pessoas se enchem de remédios pra esquecer ou pra não pensar nos problemas que têm ou em si mesmos, em como deixaram a vida os levar sem saberem se era isso que queriam e agora? Agora é tarde pra voltar atrás. Se pensar assim, assim será. Eu me recuso a ficar parada, eu vou lutar. Me recuso a me encher de remédios, a desistir, eu quero sonhar!

Minhas almas gêmeas são as pessoas que me entendem, que lêem o que está gravado em minha alma, não a imagem que é passada a todos, mas o que não é dito. As pessoas que olham pra você, de verdade, não só te olham, mas te vêem. Ver a alma de alguém talvez seja a tarefa mais difícil de se fazer, as pessoas só querem ver outras sorrindo e fingindo que estão bem. Quem quer saber a verdade sobre o outro? Suas tristezas? Suas dores? Seus medos? Quem te escuta?

Será que posso ter mais de uma alma gêmea? Será que depois que alguém morre teremos outras? Sim. Acredito que sim. Temos almas gêmeas que nos atordoam e temos outras almas que são melhores, que estão do nosso lado a todo momento, nos ajudam, lutam por nós e sabem o que queremos, permanecem ali a todo momento. Essas são as almas que queremos do nosso lado, que fazem tudo valer a pena, essas são as verdadeiras almas gêmeas.

​

Quantos de nós não conseguem falar a verdade, palavras de amor, de agradecimento às pessoas que mais nos ajudam? Eu sou uma delas. As coisas ficam entaladas e não consigo dizer o que mais me incomoda ou o que mais me agrada. Jane Austen já falava isso: “Se eu te amasse menos, eu poderia ser capaz de falar mais sobre isso”. Tudo que nos afeta é difícil de ser verbalizado. Será?

E o amor? Amor é algo impossível de se descrever, pois cada um o sente de uma forma, cada um se entrega do seu jeito e cada ser ama da sua maneira. Alma gêmea, então? Uns consideram um sexo incrível, outros alguém que converse com eles, outros alguém que tenha os mesmos gostos. Eu? Considero uma mistura de tudo, mas o mais importante pra mim é a lealdade, o sentimento de proteção, de que alguém está ali pra você, não importa o que você faça ou o que aconteça. Sei que o amor é condicional, mas a alma gêmea, não! Ela sempre perdoa. Mães perdoam, tias perdoam, irmãs perdoam e amigas? Ah, essas sim, perdoam tudo e estão na guerra com você.

Quando abro o computador e vejo todos se reunirem em prol de algo que é importante pra mim, isso é uma prova de amor imensa. Algo não explicável, mas simplesmente amável. Saber que você não verbalizaria sua dor, pois precisa ser ouvida de outras maneiras é ler sua alma, enquanto muitos à sua volta não querem saber dos seus sofrimentos. 

É o sentimento que importa, sentir que alguém está ali e te ama. Não sei se a dor é real, mas se eu sinto, então pra mim é; e isso tudo me faz importar. Almas gêmeas estão em todo lugar. Pessoas que fazem de você um ser especial, uma pessoa à parte, algo diferente de um conhecido são especiais e devem continuar sendo. 

Conhecidos são pessoas que passam por nossa vida em um dia, um mês, um ano mas não marcam, não tocam nossas vidas. Almas gêmeas, não! Essas tocam, nos esfolam, nos assombram e estão lá nos mostrando que se importam sempre.

Elas se acordam, se movimentam, se unem em prol de uma única alma que se perde, em luta por uma de nós. E essa que se perdeu não tem como não se render a todas e entender que mesmo que esteja sentida, magoada e lutando sozinha… Sozinha não está, porque tem outras do mesmo bando que se importam, que estão juntas mesmo estando separadas. 

Cada uma tem sua vida, seus problemas, suas lutas mas todas unidas somos mais fortes. Irmandade é isso. Alma gêmea é estar lá quando todos fogem, é se unir quando quer correr e se esconder, é saber que tem alguém que também é importante e precisa de você. Com isso, tudo faz sentido, a vida se encaixa e nós conseguimos continuar vivendo, aprendendo e amando cada vez mais.

Eu sou abençoada de ter almas gêmeas ao meu lado, de ter amigas e uma tia que está presente e vive no presente. São presentes de Deus. Uma tomando o lugar da outra, uma assumindo sua posição no mundo ao mesmo tempo que toca o coração da outra, uma lutando pra outra não desistir e protegendo outra.

Quer saber quem é sua alma gêmea? Olhe pra seu lado, veja quem está aí e saberá que sempre esteve com ela. O problema é que muitas vezes não a reconhecemos ou procuramos em lugares errados. A partir do momento que acordamos, sabemos onde olhar e como a encontrar. Procurar sua alma gêmea talvez seja a maior busca de sua vida, mas se você a encontrar, talvez saiba que sua busca só começou, porque agora alguém buscará tudo e sempre estará ao seu lado. Eu adoro ter almas gêmeas!

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